Eu morava numa ilha.
A minha ilha era assim, nem pequena nem grande. Pra ser exata, minha ilha tinha 3km por 240 metros.
Lá na minha ilha tinha um tantão de cadeirantes, porque a ilha foi toda construída para fácil locomoção das cadeiras de rodas.
Eu acordava na ilha, dava bom dia pro porteiro, levava minha cachorra pra passear, e depois ia correr. Era sempre estranho correr e passar por todas aquelas pessoas nas cadeiras de rodas, então eu preferia não pensar no assunto. É verdade. Eu olhava pra ponte e imaginava que estava correndo por ela, indo de um lugar pro outro, interligando minha ilha com a outra, minha casa com BH, minha mão com a mão dele.
Você podia chegar na ilha de carro, de ônibus, de trem ou de bondinho. Desses no céu, como no Rio. Você podia chegar de barco também. É uma ilha, oras...
Pra não fugir da regra, na ilha tinha uma Starbucks e uma Duane Reade. Só uma de cada. Tinha um restaurante chinês também. E uma Deli. E um supermercado caro.
Lá tinha um ônibus vermelho que ficava dando voltas e te levava de um lado pro outro lado da ilha por US$0,25. Mas só valia mesmo a pena quando se estava atrasado porque a minha ilha era tão linda...
O meu prédio era lindo também. Tinha piscina, quadra de tenis, mesinhas para churrascos e varias mães, com carrinhos de bebês, reunidas na sombra da árvore grande de onde se via Manhattan. Porque eu morava numa ilha, mas não era a ilha de Manhattan.
Do outro lado da ilha se via o Queens e eu tinha vontade de atravessar aquelas distâncias todo dia a braçadas, mas nunca arrisquei tal absurdo, já que atravessar o céu de Nova Iorque me parecia uma aventura das maiores. Logo eu, que nunca gostei de uma altura.
A minha ilha se chamava Roosevelt Island. Na verdade a ilha continua lá, linda e pequenininha como sempre.
Eu é que me mudei, atravessei a ponte, voltei à vida subterrânea e contei essa história no passado.
A minha ilha era assim, nem pequena nem grande. Pra ser exata, minha ilha tinha 3km por 240 metros.
Lá na minha ilha tinha um tantão de cadeirantes, porque a ilha foi toda construída para fácil locomoção das cadeiras de rodas.
Eu acordava na ilha, dava bom dia pro porteiro, levava minha cachorra pra passear, e depois ia correr. Era sempre estranho correr e passar por todas aquelas pessoas nas cadeiras de rodas, então eu preferia não pensar no assunto. É verdade. Eu olhava pra ponte e imaginava que estava correndo por ela, indo de um lugar pro outro, interligando minha ilha com a outra, minha casa com BH, minha mão com a mão dele.
Você podia chegar na ilha de carro, de ônibus, de trem ou de bondinho. Desses no céu, como no Rio. Você podia chegar de barco também. É uma ilha, oras...
Pra não fugir da regra, na ilha tinha uma Starbucks e uma Duane Reade. Só uma de cada. Tinha um restaurante chinês também. E uma Deli. E um supermercado caro.
Lá tinha um ônibus vermelho que ficava dando voltas e te levava de um lado pro outro lado da ilha por US$0,25. Mas só valia mesmo a pena quando se estava atrasado porque a minha ilha era tão linda...
O meu prédio era lindo também. Tinha piscina, quadra de tenis, mesinhas para churrascos e varias mães, com carrinhos de bebês, reunidas na sombra da árvore grande de onde se via Manhattan. Porque eu morava numa ilha, mas não era a ilha de Manhattan.
Do outro lado da ilha se via o Queens e eu tinha vontade de atravessar aquelas distâncias todo dia a braçadas, mas nunca arrisquei tal absurdo, já que atravessar o céu de Nova Iorque me parecia uma aventura das maiores. Logo eu, que nunca gostei de uma altura.
A minha ilha se chamava Roosevelt Island. Na verdade a ilha continua lá, linda e pequenininha como sempre.
Eu é que me mudei, atravessei a ponte, voltei à vida subterrânea e contei essa história no passado.
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