sábado, 30 de agosto de 2008

minha mãe pediu pra mudar o titulo. sério.

'No pets allowed'. Acho ok!
Eu gosto sim dos bichos, mas ainda faço parte da corja que não está acostumada a dividir a mesa com um cão, nem sentar num restaurante e ter minha comida secada por um yorkshire de xuca no cabelo. Se for um cachorrão então... Eu sou dessas que tem pânico de pitbulls, acho que eles são todos seres do mal que vão atacar minha jugular com sede de vampiro.
Imaginações à parte, todo homeless por aqui tem um cachorro. Me contaram uma história que, por causa dos mascotes, eles têm algum direito a mais. Sim, por causa do cachorro (ou gato neste caso) eles não podem ser retirados de onde ficam, ou alguma coisa assim. O bicho lá, gordo e forte como um touro enquanto o homeless mendiga umas moedas pra uma cerveja (porque cachaça é coisa de mendigo terceiro mundista subdesenvolvido).
Mas não é esse o assunto aqui. O negócio é mais grave!
Fomos comer uma quesadilla esses dias. Já disse que a minha vida anda mesmo uma grande ironia. Logo eu, que levo quesadillas o dia todo, pra cima e pra baixo, junto de guacamoles e margaritas, fui lá comer no mexicano barato da Bedford.
Barriga cheia, ainda escutando salsa no recinto, vi entrar uma mulher com a filhinha de uns 4 ou 5 anos. Elas eram americanas (se tratando de ny isso não e tão óbvio) mas a mãe teimava em hablar en español com a mulher do balcão. Pediu lá uns burritos e umas limonadas para levar, esperou uns cinco minutos e saímos todos juntos do restaurante.
A cena era comum. A mãe levando a menina de oitenta anos no carrinho. Eu acho um absurdo, mas aqui crianças até uns 7 anos andam no carrinho.(Sem contar aqueles gordos americanos que vegetam em carrinhos motorizados enquanto a mão está ocupada com batata frita.)
Enfim, veneno superado, eu saio do restaurante e antes mesmo de ter tempo de pensar se a menina era novinha o suficiente ou não para ser empurrada, eu percebo que não é a menina que estava lá dentro com a mãe que está no carrinho, e sim um bebê de meses que a mãe largou fora do restaurante sozinho, ao léu e ao relento, pra quem quisesse levar ou brincar, deitadinho por mais de cinco minutos no meio da Bedford Ave.
Ou eu estou muito careta e desconfiada ou esse povo pirou!!!
Quem deixa o filho na porta de um restaurante (que você não vê a rua lá de dentro) enquanto pede burritos pra levar??? E nem plaquinha de 'No strollers allowed' tinha no lugar.
Ainda sou do tempo em que os filhos ficavam com as mães e os cachorros esperavam na porta.


Ai ai ai... e ainda esqueci de contar que outro dia, andando pelo McCarren Park aqui em W'burg eu vi uma tosca dividindo o sorvete com um chiuaua, así, en plan linguinhas amigas. Eu juro!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

877 393 444eeeight

Uma porcaria que passa a cada dois minutos na tv.
Porque a cabeça anda cheia de minhocas.
Vou é fazer um frango com quiabo e tomar uma cerveja.




come on mi gente!

welcome to the jungle

Eu relutei, tentei contornar daqui, amaciar dali, mas lembrei que aqui é selva, e que se salva quem pode.
Eu achei uma merda na verdade, quis mudar a cara e dizer 'tudo bem, vai, não custa nada...' mas já era tempo de colocar em prática a ginástica de meses aprendendo como esquivar de ferpas e não engolir sapos.
Queria ter me sentido pior, mas achei uma beleza que a postura foi mantida. Já mente quieta e coração tranquilo são outros quinhentos, que no final das contas, Nova Iorque também dá um jeito e uma armadura de ferro de brinde.
Em palavras daqueles tempos chamaríamos Googlie Mooglie. Com a benção de Frank Zappa!

lynch X vinterberg

O verão chega ao fim em Nova Iorque.
Domingo a banda Yo La Tengo fechou a temporada de shows grátis no McCarren Pool, e segunda-feira foi o último dia de filmes por lá.
Resolvi que não estava num bom dia pra assistir mais uma vez Blue Velvet e as loucuras Lynchanas, e preferi alugar de novo Festen e ficar em casa curtindo um murro no estômago.
Minha vida anda mesmo uma grande ironia.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

this is really happening

Ya lo sé! Se lo prometo!
Vou parar de postar sobre o que já foi. É o trabalho, é o verão, é a vida que anda muito boa do outro lado da ponte que me faz ter um pouco de preguiça de sentar e escrever, por mais que eu queira. Não faltam inspirações, é fato, mas enquanto não posto novidades, conto um pouco das muitas coisas que aconteceram por exemplo em só uma semana.
Na sexta 8 de agosto teve muito glitter glam com Hercules & Love Affair. Nomi rebolou até o chao e deixou muito marmanjo constrangido por querer comer a super traveco, além de faz
er inveja em muita menininha com seu corpitcho top model alterofilista. No sábado 9 teve Animal Collective, Kings of Leon e Radiohead. Mais isso tudo aqui no fim de semana do lindo e perfeito All Points West, que esta sendo chamado de newborn kid sister do Coachella. Eu só fui no sábado. Fotos não minhas, aqui.
O dia comecou com muito protetor solar e fila pra pegar o ferry, porque o festival foi no Liber
ty State Park. Ver Manhattan ficar pra trás e chegar no parque que e do ladinho da Estátua foi foda! Mas como estamos nos Estados Unidos, claro que alguma coisa tinha que ser bizarra. Sempre tem filas e filas pra qualquer coisa, e a primeira que eu entro é uma pra pegar a pulseira que te permite beber, depois de mostrar sua identidade e seus já passados pelo menos 21 aninhos. Só que desta vez além da pulseira verde limão, ganhava-se também um 'Xis" roxo na mão, (que só saiu depois de dois dias) pra que nenhum malandro pudesse pegar duas pulseiras porque, pasmem, cada pulseirinha vinha com 5 tickets destacáveis que valiam uma cerveja cada, ou seja, naquele calor da porra, vendo shows de rock por duzentas horas, só era permitido 5 cervejas por pessoa. E como não fosse já absurdo controlar nosso grau alcoólico, nós, bebuns desprezados e injustiçados, éramos obrigados a beber num cercadinho, como gado, como no Coachella. Tomar no cu! Cinco cervejas consumidas rapidamente, bexiga vazia e pés enraizados no palco Blue Comet pra ver Radiohead e eu, quase um mês depois ainda não entendo como uns caras podem ser tão perfeitos. Não que as outras bandas não tenham sido do caralho, mas é inexplicável o que os caras conseguem fazer num palco. E que palco! De chorar! God bless Thom Yorke!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

ida maria

Se bobear todo mundo já conhece, mas eu descobri essa Ida Maria e seu vozeirão e amei, amei!
Mocinha norueguesa, meio estilo Kate Nash com não sei o quê de novo.
Não é dessa vez que ela vem pra nossa iorque alegrar o verão, mas fica a dica anyway...
Clipe de Oh My God.
O segundo é da ótima I Like You So Much Better When You're Naked. (mmm... so do I!)
E viva Never Mind The Bollocks, minha gente!