segunda-feira, 30 de junho de 2008

para lamerse los dedos

Ontem teve a Gay Pride Parade aqui. Rolou uma preguicite da minha parte, e pra completar, tinha a final da Eurocopa que eu não queria perder.
Não queríamos ir a um desses sports bars que tem em qualquer esquina, e procurando um bar espanhol, achamos um tal de El Quijote, que era mais restaurante que bar, mas iam passar o jogo.
Sentei no balcão enquanto esperava o povo chegar e tomei uma Estrella Galicia pra matar a vontade. Pedi um 'pulpo a la gallega' e já estava me sentindo lá n'A Coruña, quando Fábregas cruzou pra Torres, que cabeceou no pezinho da trave!!! La puuuta madre! O resto vocês já sabem!
Jogo ganho e algumas Estrellas después, nos sentamos pra comer de verdade e El Quijote merece um post!
O lugar tem garçons de gravata borboleta, meia-luz e música clássica. Mas tudo bem barango, com cara de restaurante dos anos 80. Não é kitsch nem vintage, é pura Espanha no meio de Nova Iorque.
A pitcher de sangria custa só US$23 e por US$19,95 você come uma Paella Marinera ou Valenciana que vem numa mega panela (vide foto!). Aliás, comem duas pessoas com fome, ou três mocinhas-alface. Muito, muito, muito bom! Una perdición! Com gosto de comida espanhola mesmo!
O staff é super simpático e o público estava mais pra casais espanhóis de meia-idade!
Adorei!

226 W 23rd St, entre 7th & 8th Ave.
... E como já estávamos no coração de Chelsea, um dos bairros mais gays de NY, saímos de lá e descemos pro Meatpacking, pra tomar mais umas e ver a animação da vida colorida!


waterfalls

Nova Iorque ganhou cachoeiras!
Ô pobreza... achei sem sal de-más!
Aqui você vê onde encontrar os jatinhos artificiais que ficam expostos até o dia 13 de outubro.

sábado, 28 de junho de 2008

nossaiorque na hora h

Gente!
Tem mais dicas do nossaiorque aqui!
Algumas eu já postei no blog, outras são novidades!

... e uma fotinha minha bem feia :/

sexta-feira, 27 de junho de 2008

cold war kids

Cold War Kids hoje no Prospect Park Bandshell. Os meninos são bons! O clip e da música Hospital Beds.
Tocam antes Elvis Perkins in Dearland e Sam Champion.
De graça! Tá quase na hora!



sonic youth

O tal do 4 de Julho vem chegando aí, e eu não estou com a menor vontade de comer salsicha, ver fogos de artifício ou o povo balançando bandeirinha.
E pra felicidade da gente, tem Sonic Youth no Battery Park, aqui do ladinho de casa. De graça!
O esquema: é free, mas o lugar é pequeno, então uma reserva era feita on line e depois você só passava pra pegar seu ingresso. Maaas, como tudo por aqui acaba em segundos, eu não consegui o meu. Mas como sempre digo também, pra essas coisas a gente da um jeito! Caso um novo lote de ingressos seja anunciado, quem estiver inscrito aqui recebe a informação em primeira mão.
O show faz parte do River to River Festival e a programação é intensa.



rooftop films 2008

Começou a temporada Rooftop Films 2008. Eu só tive a oportunidade de ir em um no inverno, então não foi em topo de prédio nenhum, mas no lindo Chelsea Market.
Além do filme, teve um show com vinho e queijos pra platéia. Muito bom! Nesse clima verão e vendo Nova Iorque do alto deve ser ainda melhor!

ps: after parties! Nunca se esqueça dos after parties!
ps2: quero um tel
ão desses pra final da Eurocopa domingo! :)



quinta-feira, 19 de junho de 2008

medeski, martin, & wood

Ai! A oferta é tão grande que eu fico doida!
Hoje também tem Medeski, Martin, & Wood lá no Prospect Park Bandshell às 7 da tarde. Os caras são muito fodas! E é de graça!
Sentar no parque e escutar um pouco de modern jazz faz bem a qualquer um.


Só não vale chover. De novo!

just announced!

Amanhã vai ter Modest Mouse no Music Hall of Williamsburg, mas já esta sold out, claro.
Hoje eles tocam no Madison Square Garden com R.E.M. e The National, que provavelmente será do caralho, mas esquema mega show...
A boa notícia é que eles acabaram de anunciar um show extra hoje à 1:30 da manhã, lá mesmo, em w'burg.
E eu nem trabalho hoje!
E nem amanhã cedo!!!



gawker stalker

O site conta onde as celebridades foram vistas e coloca até alfinetinho no mapa.
Medo!

terça-feira, 17 de junho de 2008

registros da semana...

Fotos e vídeos dos dois shows memoráveis e molhados da semana passada:

Death Cab For Cutie foi f-o-d-a, e a tempestade-tornado no final do show acarretou filas quilométricas no metrô!
'I will follow you into the dark' foi de chorar, e eu logo liguei pro namorado! Pena essa menina cantando aí do lado. Tentei encontrar outros videos, mas o que eu gravei está ainda mais cheio de vozes alheias (incluindo a minha)! Mas achei o povo muito paradão... Não é teatro, nem orquestra sinfônica não, porra, pode cantar!!!
Essa foto deles tocando é desse flickr aqui.






Vampire Weekend entrou pros melhores shows da vida! A tarde começou com Born Ruffians, que foi bem legal, e depois Kid Sister foi horroroso. Uma mistura de É o Tchan com
Bonde do Rolê e M.I.A. Péssimo! A chuva caiu por quase duas horas sem parar, mas valia tudo pra ver os meninos novaiorquinos no palco! Só achei um pouco manezisse eles tocaram pouco tempo (1 hora e pouquinho) já que ficamos lá, firmes e fortes com aquele temporal. Tudo bem que os mocinhos só têm um cd, mas dava pra tocar mais, depois de tantas frases do tipo "Como é bom estar em casa. Não tocávamos em NY desde janeiro e estamos muito felizes!" (tá bom, eu sei, foi de graça, mas eu queria mais...)
Salvei a câmera e o iPod num copo de plástico e outras gambiarras, e o cigarro na capinha do óculos, mas meu moleskine com tudo meu não resistiu à fúria de São Pedro. Dei uma morridinha. :(
Depois de várias cervejas na chuva no Central Park, voltei pra casa sem voz e sem nenhuma parte da minha vida seca.
Tá valendo! Tá valendo! Que venham mais shows bons! Com ou sem chuva!
Essas fotos boas foram desse flickr. Mais fotos do dia aqui.
O video é bem ruinzinho, mas é só pra mostrar que foi lindo, e que o povo estava bem mais animado!




domingo, 15 de junho de 2008

the fantastic invisible tentacle

Amanhã à noite Stephin Merritt, do Magnetic Fields, discoteca no Beauty Bar com DJ Go-Karff e DJ Shermy (???).
A festa acontece já há um tempo, mas nunca fui pra contar.
Opção pra continuar a noite depois do show do Sigur Rós ou simplesmente fazer as unhas escutando boa música! :)






são sebastião de manhattan

Quarta eu não trabalhei até tarde.
Eu não cheguei em casa à uma da manhã morta querendo uma piscina com hidromassagem pra curar minhas dores e esse calor infernal.
Eu não tive inveja da moça que sentou pro happy hour, cujo drama da vida era se queria margarita de blackberry ou manga. Frozen ou on the rocks. Com sal ou sem sal. Mesmo porque eu não estava la àquela hora! E porque ela é certamente uma chata, que trabalha em Wall Street com chatos que conversam sobre a bolsa de valores na hora do almoço.

Eu não pude ver Portugal x Republica Checa, porque um bando de engravatados resolveu comer tacos e burritos.
Eu não pude de jogar a bandeja pro alto como um frisbee na cabeça da gerente horrorosa, porque obviamente, isso não se faz.
Eu não mandei tudo a la mierda, nem joguei aquele aventalzinho que esquenta minhas pernas no chão, porque eu sabia que não iria trabalhar até tarde. E que era só atravessar a rua e chegar em casa, e todos os meus dramas capricornianos, aguçados por esse calor de la porra, seriam acalmados pelo ar condicionado do meu quarto que me esperava quase petrificado.
Esperei as quatro badaladas p.m., cobrei meus 20 bucks ganhos na aposta do futebol graças ao Felipão, e como era esperado, em três minutos estava em casa!
Dei uma descansadinha, uma olhadinha nos emails, uma conferida na programação do free events e voilà!
Troquei aquela roupa preta, peguei o iPod e fui correr até a hora do show anunciado bem aqui do ladinho de casa.
Comecei no Battery Park, passei pelo Pier 17 (onde o palco estava montado), pela Manhattan Bridge, Williamsburg Bridge, vi o céu alaranjando, meu fôlego acabando e voltei pra ver Ed Palermo's Big Band.
O lugar estava cheio de pessoas sem pressa, turistas desavisados, crianças descalças e fãs da banda, que adorei conhecer .
Tinha gente tomando sorvete, chá verde, cerveja e mamadeira.
Um fim de tarde em New Orleans.
Ed Palermo contou de sua paixão por Frank Zappa, desde quando o viu tocar na Philadelphia há mais de vinte anos.
Foi escurecendo no finzinho de Manhattan. Tanto Frank Zappa assim, eu me lembrei da lisérgica Ouro Preto nos anos 2001 e 2002. Como se isso soasse como década de 60 ou 70.
Naquela época ainda éramos dotados de um espírito hippie que nos permitia tomar Catuaba Selvagem ou qualquer outra coisa que fizesse o mundo ainda mais divertido!
O carro, que se a memoria não falha era o Twingo, tinha problemas constantes em subir a ladeira íngreme pra chegar até o Morro São Sebastião, na penúltima casa da rua, que tinha uma porta e duas janelinhas na frente, grama verdinha e dois cachorros; como num desenho de criança. Ficava bem ao lado da mata que levava à Cachoeira das Andorinhas e a todas as suas estórias.
Na sala, a coleção grande de LP's para a trilha sonora daqueles fins de semana e feriados. Além de muito Frank Zappa, não faltava Yes, Genesis, Mutantes e até Clara Crocodilo, entre almofadas e gargalhadas.

Sopas foram esquecidas no fogo. Pacotes e pacotes de pão de queijo foram consumidos. Frases daquela época viraram bordões usados entre nós até hoje. Músicas foram criadas. Vídeos engraçados foram feitos. Poucas fotos foram tiradas.
Hoje (quase) todos fomos dominados por necessidades mundanas e pela falta de tempo. Mais que a falta de tempo, fomos nos espalhando pelo mundo, fazendo nossas vontades, dando rumo às vidas como sempre quisemos mas como nunca imaginamos que seria.
Assistindo a Grande Banda de Ed Palermo naquela tarde eu pensei em vocês, amigos queridos, que faziam minha vida uma loucura linda!
E era com vocês que eu queria assistir aquele show.
Com você, meu amigo desde sempre, necessário nas minhas tardes para cafés, casos e cigarros, que casou com músicas dos Beatles, chorou toda a cerimônia, e fez todo mundo chorar.
E com você, anfitrião, que junto de seu cachorro tocador de bongô, era responsável por frases solenes e uma risada inesquecível. Já não mora na casa de desenho, mas tem uma filha linda e sorridente.
E com você, amiga louca, que me mata de saudades e mora na Chapada Diamantina, ainda hippie, andando descalça e vivendo um grande amor.
E com você, meu irmão, que me tira qualquer egoísmo, que me fez sentir amor incondicional antes mesmo de saber o que era isso, e agora foi levado pelos bons aires à Argentina.
Era com vocês que eu queria estar aquela hora, tomando Catuaba quando Nova Iorque virou Ouro Preto e Manhattan o Morro São Sebastião.

sigur rós

Amanhã tem Sigur Rós no Manhattan Center Grand Ballroom.
A música desses islandeses faz chorar, e o documentário sobre a banda é maravihoso!
NY está bombando babe!
Acho que ainda tem ingressos no ticketmaster!


sábado, 14 de junho de 2008

charles + ray eames

Eu sei que não tem nada a ver, mas não resisti quando vi esses selos comemorativos, já que amo amo o casal foda Charles + Ray Eames.
Morri!
Pedidos, por aqui!




terça-feira, 10 de junho de 2008

shows

Hoje tem Death Cab For Cutie no McCarren Park Pool no Brooklyn as 7 da noite. E tem Adele hoje e amanhã no Highline Ballroom.
Tudo sold out bem, mas nada que o craigslist ou uma horinha antes no local não resolvam!




sábado, 7 de junho de 2008

bos'08

É assim: os artistas abrem as portas dos seus studios e você faz um roteiro entre os mais de 200 espalhados por Bushwick, no maior esquema arte pra todos! Começou ontem o BOS (Bushwick Open Studios & Art Festival) e vai até amanhã. Visitei uns quantos hoje e me impressionou, não somente os trabalhos, mas a quantidade de artistas no lugar. Realmente, Bushwick é o novo Williamsburg!
Alguns casos são mais uma pegadinha cultural, mas entre tantas opções alguma há de salvar. Se não gostar das exposições é impossível não gostar do clima fim-de-semana-cool-no-Brooklyn!
Fotos de hoje e uma do site!





o dia que ele chegou

Ele chegou com dois dias de antecedência. Não avisou direito. Acordei, liguei o computador e li que ele já estava aqui.
No começo eu me assustei, pensei que já não saberia o que fazer com ele perto de mim, e de fato foi assim. Assim, sem jeito.
Depois de tanto tempo longe, eu achava que ele deveria estar no mínimo tímido. Mas me enganei.
Saí do banho e me arrumei pra ele. Pus um vestido que sei que ele sempre gostou, prendi o cabelo pra ele me ver melhor e pus os óculos escuros porque não queria que ele me visse tanto assim.
Peguei o elevador e pensei se deveria mesmo encontrá-lo, já que nunca gostei muito dele. Era só uma saudade distante, que a gente só sente porque não encontra todo dia. Então não significava que eu queria mesmo vê-lo. Então eu poderia voltar pra casa e me esconder no meu quarto sã e salva, antes que ele pudesse me jogar na cara que fui eu quem alguma hora pedi pra ele vir, mesmo eu sabendo que só fiz isso naqueles momentos de fraqueza.
Mas eu não voltei pro quarto. Eu cheguei na portaria e o vi de longe. E de longe mesmo ele me arrancou um sorriso. Em volta todo mundo ria também, e eu fiquei com vergonha dele saber que eu não estava rindo pra ele, e sim de como nunca entendi muito bem como as pessoas se sentem tão à vontade ao seu lado, e eu, que o conheço desde sempre, ainda fico assim sem jeito ao pensar em vê-lo.
Atravessei a porta e ele me abraçou com a força dos 8 meses que passamos longe, e senti como se fosse cair pra trás de susto, de náusea e de repulsa.
O verão chegou a Nova Iorque. Depois de meses no frio negativo e camadas de casacos, ele chegou aqui. Sua première me assustou e tenho minhas dúvidas de até onde resisto. De repente acordei e fazia 33°C lá fora. E a temperatura baixou para 32°C às 10 da noite. Hoje não conversei com o meu pai, mas ele seguramente diria: "Deve estar quente aí. Giuliana Morrone estava de camiseta hoje no jornal!"
A minha Nova Iorque não combina com calor. Na nossa iorque as pessoas se cobrem com elegância, se descobrem sem pressa enquanto se acomodam nas cadeiras dos restaurantes, ainda com frio. Simplesmente não encaixa. É como se nevasse no Rio de Janeiro. Ou se o boteco copo sujo da madrugada de BH nos servisse coq au vin ou cuisses de grenouilles com guardanapo de pano. Ou o meu América Mineiro, vulgo Coelhão, ganhasse o campeonato brasileiro. Ou um filme dos irmãos Cohen com a Meg Ryan como protagonista. Não dá! Não dá!
Ao diabo com o verão, aceito o seu convite e vamos logo pra Reykjavik!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

minha ilha

Eu morava numa ilha.
A minha ilha era assim, nem pequena nem grande. Pra ser exata, minha ilha tinha 3km por 240 metros.
Lá na minha ilha tinha um tantão de cadeirantes, porque a ilha foi toda construída para fácil locomoção das cadeiras de rodas.
Eu acordava na ilha, dava bom dia pro porteiro, levava minha cachorra pra passear, e depois ia correr. Era sempre estranho correr e passar por todas aquelas pessoas nas cadeiras de rodas, então eu preferia não pensar no assunto. É verdade. Eu olhava pra ponte e imaginava que estava correndo por ela, indo de um lugar pro outro, interligando minha ilha com a outra, minha casa com BH, minha mão com a mão dele.
Você podia chegar na ilha de carro, de ônibus, de trem ou de bondinho. Desses no céu, como no Rio. Você podia chegar de barco também. É uma ilha, oras...
Pra não fugir da regra, na ilha tinha uma Starbucks e uma Duane Reade. Só uma de cada. Tinha um restaurante chinês também. E uma Deli. E um supermercado caro.
Lá tinha um ônibus vermelho que ficava dando voltas e te levava de um lado pro outro lado da ilha por US$0,25. Mas só valia mesmo a pena quando se estava atrasado porque a minha ilha era tão linda...
O meu prédio era lindo também. Tinha piscina, quadra de tenis, mesinhas para churrascos e varias mães, com carrinhos de bebês, reunidas na sombra da árvore grande de onde se via Manhattan. Porque eu morava numa ilha, mas não era a ilha de Manhattan.
Do outro lado da ilha se via o Queens e eu tinha vontade de atravessar aquelas distâncias todo dia a braçadas, mas nunca arrisquei tal absurdo, já que atravessar o céu de Nova Iorque me parecia uma aventura das maiores. Logo eu, que nunca gostei de uma altura.
A minha ilha se chamava Roosevelt Island. Na verdade a ilha continua lá, linda e pequenininha como sempre.
Eu é que me mudei, atravessei a ponte, voltei à vida subterrânea e contei essa história no passado.







coração de galinha

Hoje eu comi arroz e feijão. Comi maionese de batata, mandioca e banana frita. Comi linguiça, picanha com gordurinha, costela, fraldinha, lombo e ate coraçãozinho. Tomei guaraná. Duas latas, sem ser diet! Tomei sorvete por conta da casa e vim cochilar com o ar condicionado ligado, e a tv também. Acordei com o coração menor que o de galinha. Com saudades de você, que está aí do outro lado agora, e não aqui, pra rir de mim quando eu te acordar e pedir um beijo e um copo d'água.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

rooftop bars



Pra quem gosta de um esqueminha mais fancy, as opções de rooftop bares agora que o clima esquentou sao várias.
A NY Magazine reuniu alguns aqui.

free events

Um dos vários sites que contam o que acontece de legal e de graça por aqui!
Tem que selecionar, mas alguns valem a pena, como no sábado passado que teve um jogo de Pólo, com Veuve Clicquot pra galera, super esquema picnic!
Mexer no bolso, só pra comprar um chapéu e ir fina! ;)

terça-feira, 3 de junho de 2008

um pouco de tati bernardi

Com o namorado longe, eu sinto mais saudades de todo mundo, mais ainda do que eu ja sentia.
Não tem como colocar o link exato dessa crônica, e como a do Xico Sá, vou postar aqui. (gente! só agora parei pra pensar que os dois falam sobre mãe. detesto papo Freud)
Mandei pra minha mãe ler e ela respondeu, entre muitas coisas, que já tinha visto essa história antes! Porque por mais que ame a cidade, às vezes bate essa saudadezinha que está bem descrita!
Com vocês, Tati Bernardi, - a paulista agora no Rio - que adoro um tanto!

Eu sou escrota porque tenho mãe (02/2008)

Descobri a verdade mais terrível da minha vida: eu sou escrota porque tenho mãe.
Se você me visse, visse a pose com que ando pelas ruas, com que brigo em lojas que me atendem mal, com que exijo silêncio da minha vizinha, com que meto meu carro em cima de gente folgada, com que grito com telemarketings, com que dispenso garotos burros.
Você diria: aí vai uma menina corajosa, destemida e meio escrota. Talvez muito escrota.
Não estou nem aí. No final das contas, minha mãe divide comigo o ódio que sinto de tudo o que dá errado na vida. De tudo o que é chato. Ela escreve cartas inteligentes metendo o pau na minha vizinha e entrega para o síndico, ela corta manga e melão pra mim e manda para a minha casa, pela minha empregada. Ela dá risada e concorda: “não tem mesmo homem a sua altura, minha filhinha”.
Agora que moro no Rio de Janeiro (sim, eu tirei aquele texto metendo o pau na cidade a pedido dos queridos leitores cariocas mas ainda não me convenci de que vou ser feliz aqui) me sinto uns 90% menos escrota e descobri que sou escrota apenas porque tenho mãe. Sem mãe por perto virei um gatinho medroso.
E pior: fico querendo que todo mundo seja minha mãe. Se o porteiro me trata mal, ou o taxista, ou o cobrador, ou algum roteirista do programa que estou escrevendo para a Globo, não consigo ser escrota com eles. Apenas guardo tudo para a hora do banho e choro como se eu tivesse cinco anos. Perdi meu poder de ser filha da puta (como é bom escrever palavrão, no blog eu não posso!!!).
Eu só era filha da puta porque tinha minha mãe por perto. Não que ela seja puta, mas é uma puta mãe. Eu era filha da puta por causa da minha mãe.
Agora fico nessa lama querendo que o caixa do restaurante aqui da frente do hotel me pergunte se “papei tudo”. Outro dia a garçonete me ofereceu um pedaço de pudim e eu quase chorei de emoção: será que ela quer ser minha mãe? Depois, quando ela me cobrou 12 reais por um pedacinho de merda de pudim, me lembrei que nesse mundo todo mundo quer é mamar nas suas tetas, mas oferecer um ombrinho ninguém quer não.
Eu era escrota porque tinha mãe. Se eu batesse o carro, ela arrumava. Se eu tivesse febre, ela tirava. Se eu arrumasse uma merda de homem que não me desse valor, ela dava. Se eu chorasse, ela chorava mais ainda, tanto que eu acabava rindo. E se eu sentisse um vazio de merda dentro de mim, ela fazia pão de queijo. Pão de queijo te infla por dentro e resolve esse papo de vazio existencial.
Eu era escrota porque tinha mãe. Agora, fico torcendo pro taxista não querer me estuprar ou, pelo menos, não vir com o papinho furado de taxas entre bairroxxxxxxx. Fico torcendo pro cara do ônibus não roubar meu laptop. Fico torcendo para os meus colegas roteiristas escutarem só um pouquinho algum drama meu, pessoal. Porque preciso, ainda que por um segundo, ainda que de mentirinha, que alguém seja minha mãe. Porque o mundo virou um lugar não maternal. O Rio de Janeiro não é maternal.
Essa geladeira de merda do hotel só tem água e cerveja. Sendo que a água custa seis reais. Uma garrafinha de merda! E pra piorar tem uma camisinha na cabeceira da cama. Motel e hotel no Rio de Janeiro são a mesma merda?
Outro dia achei uma mancha “sinixxxxxtra” no meu edredon. Quero minha casa, quero minha mãe.
Quero a geladeira da minha mãe, com frutas cortadas. Quero meu personal, a moça que me faz drenagem, a minha aula de yoga, os meus amigos da Ed. Abril, das agências que trabalhei. Quero minha cama com borboletas coloridas em cima, não esse quadrinho vagabundo com o Pão de Açúcar aquarelado. Ao lado da minha cama eu tinha preces budistas e não um pacote de camisinhas.
É triste morar em hotel. Longe de casa, da Lolita, dos meus amigos, das frutas picadas e da minha mãe. E aturar os cariocas tirando sarro de absolutamente tudo da minha existência. E eu só querendo um pouco de colo, um lençol que tenha meu cheiro. Sei la.
Eu era escrota porque tinha mãe. Porque eu me sentia bonita mesmo descabelada, porque eu me sentia inteligente mesmo rebolando pra fazer graça pra ela. Porque se eu acordasse no meio da noite achando que ia morrer, era só ligar que ela vinha correndo. Nunca morri, mas vai que um dia eu morro! Pior seria morrer nesse quarto de hotel, entre as camisinhas, as águas caras e esse edredon sinixxxxtro. E longe da minha mãe.
Eu era escrota porque morava a dez minutos da minha mãe, agora que moro há 55 minutos de Varig e 48 de TAM, eu só quero que esse Cristo de braços abertos me dê um abraço. Ou que alguém me ofereça um pudim de graça.
Ou melhor: quero voltar a ser escrota. Quero voltar a não sentir medo de nada. Quero voltar a dormir embaixo das borboletas.




extremely loud and incredibly close

Já postei aqui um parágrafo dele, mas esqueci totalmente de falar que esse livro arranca suspiros.
Jonathan Safran Foer escreveu
Everything is Illuminated em 2002 e o meu namorado comprou o livro em Londres há alguns anos porque suspeitou que a saga poderia ser interessante e porque achou a capa legal.
Sim, o livro é muito bom, (e virou filme depois) mas o seu outro livro, lançado em 2005, me faz suspeita para comentar. Eu simplesmente amo! Extremely Loud and Incredibly Close (Extremente Alto e Incrivelmente Perto em portugues), apesar de tratar do ataque de 11 de setembro, não tem nada de piegas ou chato, e o narrador de 9 anos Oskar Schell faz você definitivamente querer um filho rápido! E que seja como ele! As aventuras do menino que procura solucionar o mistério de uma chave que encontra logo após a morte do pai, te leva por todos os cantinhos de Nova Iorque.
(o livro é foda pra qualquer pessoa, mas tem muito mais graça se você conhecer a Elmhurst Ave., o UWS, as ruas em Coney Island ... )


ny bloggers


Adorei esse site, que tem mais de 6000 opções de bloggers espalhados pelos seis boroughs de NY (manhattan, bronx, queens, brooklyn e staten island).
O site é simples e você acha os blogs pelo mapa da cidade, ou melhor, pelas estações de metrô. Assim dá pra perceber a diferença da vida das pessoas do UWS (upper west side: lê-se galera com grana que mora do lado do central park. invejinha...) e do LES (lower east side: lê-se galera cool com estilo que mora nas ruas meio toscas de downtown perto dos melhores bares e baladas). Bom pra fuçar e achar uns preferidos pros favoritos!

domingo, 1 de junho de 2008

muitos shows

Uma lista de 10 shows ao ar livre imperdíveis nesse verão.
É de cair pra trás a programação na cidade inteira, e essa matéria da Time Out só reúne uns quantos.
Minha folga no trabalho foi pedida com antecedência para o próximo dia 14, quando os lindinhos do Vampire Weekend (que ja comentei por aqui) tocam de graça no Central Park!!!
Como vocês podem ver aqui, tem de Feist a Black Lips e eu estou um tanto eufórica!!!






quiz

Um quiz da Time Out pra saber se você é um novaiorquino de verdade.
Eu tô longe de ser da gema, mas é no mínimo engraçado, e me lembra aquele email do mesmo tipo que fala sobre BH.